Introdução
Só sentindo na pele para entender o nervosismo que é tentar entrar no mercado de trabalho. Apesar da crescente oferta de vagas na área de desenvolvimento, a competição também aumenta, e isso pode gerar ansiedade ou até mesmo a Síndrome do Impostor, tornando-se um obstáculo na hora de conseguir o tão sonhado estágio.
Infelizmente, não há uma forma mágica de conseguir um estágio, e eu não posso definir alguns passos como garantia de sucesso. Mas o objetivo desse post continua sendo ajudar você, leitor, a agarrar a sua vaga, então vou contar o que funcionou pra mim.
Contexto
Nada mais justo do que eu contar um pouco sobre a minha curta trajetória antes de conseguir o meu primeiro estágio, não é mesmo?
Ao contrário do que se espera de um desenvolvedor, até os meus 15 anos eu sempre tive aversão a tecnologia. Sério, eu não poderia me imaginar trabalhando na frente de um computador. Isso mudou um pouco quando eu entrei no IFSul, mais precisamente, no curso Técnico de Informática. No primeiro ano do curso eu tive uma matéria que despertou muito meu interesse, lógica de programação.
Lógica de programação foi o pontapé inicial para eu começar a derrubar essa barreira que criei entre mim e a tecnologia, mas apesar disso, nós próximos dois anos de curso eu não estudei mais do que o necessário para passar de ano.
Tudo mudou no começo do meu quarto e último ano no instituto, quando eu comecei, já nas férias, a estudar programação por conta própria.
Estudos
Apesar de já possuir uma base relativamente boa em lógica de programação, Java e C++, eu decidi iniciar do básico, estudando muito HTML, CSS e JavaScript. No começo, meus estudos eram realizados através de videoaulas no YouTube, o que foi mais do que o suficiente para eu aprender o básico de cada uma das três tecnologias. Buscando dar o próximo passo eu comecei a investir em cursos na Udemy, que possuem um ótimo custo benefício.
Mas apenas estudar não bastava, eu sentia a necessidade de expor esse conhecimento que estava adquirindo, foi então que conheci o GitHub e o LinkedIn.
GitHub
Eu tinha muita dúvida de como deveria ser o meu GitHub, por isso eu decidi buscar ajuda na comunidade. Em uma das minhas pesquisas eu encontrei uma dica muito útil em um vídeo da Rocketseat, a de criar um repositório TIL, ou Today I learned. Nesse repositório eu criava um arquivo para cada coisa nova que eu aprendia no mundo da programação. Confesso que mantive ele por apenas dois ou três dias, mas ele com certeza foi muito útil para dar os meus primeiros passos na plataforma.
Como acontece com muita gente no início de carreira, a grande maioria dos meus projetos eram desenvolvidos por outras pessoas, em cursos de programação. Mas, apesar de não possuir projetos autorais no momento, esses projetos foram, e continuam sendo, totalmente válidos de serem publicados no GitHub, afinal, estava apresentando um conhecimento que adquiri, e isso ninguém podia roubar de mim. Uma dica que deixo aqui é, publique no GitHub todo trabalho que desenvolver, por mais simples que seja. Isso contará muito em uma futura entrevista de emprego. E você terá ainda mais pontos se investir um tempinho em criar um Readme mais atrativo, por isso estou deixando aqui um template para você utilizar nos seus projetos.
Com certeza você já ouviu alguém falando sobre o quão útil pode ser o LinkedIn na sua carreira profissional, e isso é a mais pura verdade. Desde que eu criei o meu LinkedIn e comecei a interagir e postar os meus trabalhos, já recebi inúmeras propostas de emprego. Confesso que demorou um pouco desde que criei minha conta, cerca de 2-3 meses, mas hoje eu sou apresentado a diversas oportunidades de empregos e cursos profissionalizantes.
A minha dica aqui é quase um apelo, invista no seu LinkedIn, faça networking e não deixe de publicar cada uma das suas conquistas na rede social. Daqui a um tempo você com certeza irá colher os frutos.
Mas como eu disse no começo do post, não há uma fórmula mágica para conseguir a vaga desejada, por isso eu entro agora na última e mais importante dica.
Iniciativa
Por mais simples que pareça, tomar iniciativa foi o ponto crucial para eu conseguir a minha vaga de estágio. Eu ouvi durante um podcast da Hipster.tech, que debatia justamente sobre a entrada no mercado de trabalhom uma dica do CEO da Alura. Ele contou, basicamente, que uma das coisas que mais pesam a favor do candidato é postura dele diante da vaga, em outras palavras, o interesse que mostra em fazer parte da empresa. Foi aí que eu decidi procurar empresas que eu gostaria de trabalhar e comecei a mandar emails demonstrando meu interesse na vaga. A Kobe, empresa que me contratou, nem possuía vagas abertas para estagiários, porém, a minha iniciativa foi tão bem vista dentro da administração da empresa que eu acabei conseguindo a minha vaga!
Essa é a dica mais importante e sincera que eu posso passar para você. Invista nos seus estudos, compartilhe o seu trabalho, crie um currículo e quando encontrar uma empresa que se identifica, demonstre seu interesse em fazer parte dela.
Dica:
Para fazer o meu currículo eu utilizei o Resume.io, pagando cerca de $2 por um template sensacional que uso até hoje.
Conclusão
Por hoje é isso galera, espero que tenham curtido o meu relato e que ela possa ajudar vocês nessa jornada.
Quem não ficou satisfeito e desejar mais informações, ou até mesmo o email que enviei para as empresas, pode me chamar pelo LinkedIn, vai ser um prazer ajudar.